"Um dia vou sentar em frente a um computador, vou começar a escrever e escrever, cada vez mais. Vou catalogar todas as minhas idéias, até mesmo, aquelas, que nunca tive idéias como escrever. Vou descrever o mundo como eu o vejo e como acho que minhas histórias deveriam ser vistas." - Diego Mascarenhas Ramos (These Are Sunny Days!)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Felicidade?

A gente nasce com a promessa de ser feliz
Aí a gente vai crescendo
Vai se decepcionando
Sorte é continuar acreditando naquela falsa promessa
Bonita e ilusória
E se não bastasse querer acreditar
A gente pensa que acredita
E sai em uma busca sem fim
A busca da Felicidade
Que só se vai com a Morte
Será este o fim?
Será que a Morte é a Felicidade?
Enquanto isso só nos cabe uma certeza:
A Vida caminha em busca do Fim.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Atlântida

Ele estava sentado
Com o Mar a sua frente
O Sol azul brilhava
O Céu amarelo queimava
Aqueles cabelos vermelhos ardentes
Ele sorria
O sorriso contagiava até as Nuvens
Contagiava o meu ser

Eu estava escondida por entre o verde
Com medo de ser denunciada pelo mel dos olhos
Por entre o verde do Mar
Deparei-me com teu olhar

Os Astros te fizeram
Alma Divina
Síntese Perfeita

Você ali sentado
Sorrindo
Invejava Zéfiro
Invejava Eros
Chorava o Sol
Chorava a Terra
Chorava o Mar
Chorava Eu

Ele estava sentado
As páginas passando
Os pássaros se amando
O verde surgindo
A Lua saindo
E Eu sofrendo
Chorando
Desejando o toque
Desejando teu olhar

Quando a Lua se abriu
Mais viva que o Mar
Laranja como a relva
Você sorriu
E pôs-se a navegar
Entre o verde Mar
Onde a Amazônia se escondia

A minha Atlântida
Tão minha
Descoberta
Agora tua

Do teu sorriso.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Filha única





Esta voz imatura
Esta voz infantil
Esta voz mimada e tão minha
Esconde o que TU desconheces
Esconde o que TU tens medo
Protege-me da inveja
E apedreja-me com o preconceito.

Esta minha voz calada
Inquietante,
Grita
Berra
Pede socorro e xinga.

Xinga TU que julgas
E julga TU que me apedrejas...

Minha voz tão calada
Chegou a hora de falar.


domingo, 25 de agosto de 2013

Fuga de mim




Eu não sei o que acontece comigo... Do riso se faz o pranto tão rapidamente... De repente eu nem sei quem sou... Às vezes tudo parece fantasia, como um filme, onde tudo termina bem, mas quando vejo, é real... Tudo foi apenas ilusão... Talvez eu quisesse ser alguém... Um alguém pra alguém... Sinto-me tão só, tão jogada no mundo... Acho que busco a utopia da vida humana... Busco a utopia de uma vida barata... Uma vida inexistente...

Parece que vivo uma vida que não é minha... Talvez eu esteja apenas de passagem... Eu espero algo melhor, mas me acovardo nos atos, acovardo-me na voz... Calo-me... Pouso na tranquilidade de uma vida sem objetivo... Acomodo-me nessa rotina indesejada.

Eu não sei na verdade quem sou... Será que sou realmente isto? Ou será que há uma evolução? Será que de verme passarei a ser algo menos repugnante?

Sou homem. Sou bicho. Sou estrela. Sou carne. Sou sangue.

Sou o sangue derramado de tantas feridas. Sim, realmente penso que sou aquele sangue, porque parece que sempre estou sangrando, se não é real, invento. É como se eu só existisse quando sangro. Quando choro. Quando morro aos poucos com o lixo que fiz de minha vida. Tão dependente. Tão tristonha. Tão miserável.

Quando pensei me encontrar me perdi. Perdi as palavras. Perdi o significado. Perdi minha essência. Não sei o que acontece comigo. Eu não sei quem eu sou. Mas sou. Mas vivo. E morro, para não morrer de uma vez. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sala Escura

Ali sentada eu era nada
Era Solidão
Longe de tudo
Longe do que sou

Ali sentada fugi da realidade
Fuji da vida
Sou Morte
Sou o que me vem à Mente
Sou o que se sente
Sou o que sinto

Ali sentada eu era Tudo
Menos o que sou
Medo
Angústia

Ali sentada eu era Solidão
Tentando fugir do medo
Tentando voltar à Vida

Tentando ser Eu...

domingo, 26 de maio de 2013

Viagem pra perto de mim




Num piscar de olhos saio de mim
Num piscar de olhos, quem sou?
Já mudei
Uma hora linguagem
Noutra, nuvem.
Viajo pra longe
Gregos, alemães, americanos...
Guamá

Viajo pra longe
Pra outra dimensão
Para a nona, talvez.

Viajo para onde os mundos se cruzam
Viajo pra perto de mim

Caos...

Enquanto viajo, sussurram ao meu ouvido
Apolo, Eros, Imaginário Mítico
Sol
Homem primitivo
Fenômeno Natural
Hegel
Física
Freud...

Serão delírios?

Num piscar de olhos me encontro.
Em meio a tantos
Sou nada
Sou uma cadeira
Sou pensante
Sou pura razão...
Sou delírios, devaneios tolos...

E de repente estou aqui
Fugindo da Filosofia
Fugindo de Hegel,
Fugindo de mim.

Quem sabe viajo procurando a Física?
Será que foi o certo?

Num piscar de olhos
Conheço Wundt, Titchener, Jung, Freud
Sem ao menos me conhecer...

Viagem.
Delírios,

Talvez?

sábado, 16 de fevereiro de 2013

"Ele"

As lágrimas não são suficientes
Sufocam!
As palavras surgem
E tomam conta do meu ser...
Não sei quem sou
Ou pra onde irei... 
Eu sei o Presente.
Lembro o Passado! 

20 de setembro

E o céu morreu
Não há estrelas para falar
Ou contar...

E o dia mais especial se perdeu
Entre o passado ficou...
Morreu!

As trevas estão dominando
O calor é necessário
Porém o frio é dominador...

HOMENAGEM AOS AMIGOS...




2009... Aquele momento decisivo, o momento esperado por todos aqueles que sonham com uma graduação. Quem diria que em um município situado às margens da BR 010, de aproximadamente 51 mil habitantes eu iria conhecer pessoas tão amigáveis e complexas quanto as que aqui conheci. Quem diria que eu sairia de casa tão cedo para enfrentar a vida longe de meu alicerce. Àquela mulher batalhadora, firme e dedicada. Mas infelizmente esta não é uma homenagem à ela, mesmo assim... Mãe muito obrigada!

Voltando à São Miguel do Guamá. Sim. Aqui eu encontrei pessoas extraordinárias, com quem aprendi muito. No início foi tudo muito difícil. Morar longe de casa, conviver com pessoas de hábitos diferentes. Foi muuuuuito difícil.

16 de fevereiro de 2009. Recepção dos então calouros. Nunca vou esquecer aquele dia, afinal foi quando tive o primeiro contato com alguém que levarei para sempre comigo. Não vou esquecer da Graciele dançando com o Danilo, do Dean comendo aquele sanduíche, da nossa correria a procura de livros de Física pelos vizinhos... Tudo para ganharmos uma gincana que tinha por prêmio um passeio... Passeio este que nunca ocorreu.

Primeiro dia de aula... O vatapá... Tadinha da minha amiga... Uma semana passou. Eu era uma estranha no meio de tantos veteranos. Mudei de república E tinha uma certa Enferrujada que havia chamado uma certa Mentira para morarem juntas, e eu logo disse, vou morar com vocês também. Nem perguntei se podia...

Não é que eu queira me demorar na homenagem. Mas eu vou sentir muita falta de tudo isso!
Aqui eu aprendi a dançar, aprendi a me amar antes de mais nada. Aprendi que se eu quiser ser uma boa profissional terei que suar muito, pois tudo depende da minha garra.
Observando o Dierimi, aprendi que não sei de nada. Que tenho muito o que estudar, muito o que aprender com a Física. A Ilciclenes me mostrou o que é ter segurança, ela é dona de uma linda oratória.

O pessoal da graviola, o que dizer deles?! Simplesmente não teria a menor graça estudar aqui sem suas piadas inconvenientes. O Giomar e suas pérolas, o Silvio e suas histórias de pescador, o Dean e suas imitações.

Obrigada ao Gustavo, por sua voz e risada espalhafatosa, Obrigada pelos minicursos ministrados, sempre muito falados pela UEPA. Obrigada também por muitas vezes compartilhar seu conhecimento e cultura com a gente.

Em falar em conhecimento, não posso deixar de falar do meu grande amigo, futuro advogado... Senhor Karelle Freitas. Obrigada. E desculpa, desculpa pela praga que lhe joguei, mas entenda, eu não queria que você me abandonasse né. Gente, pra quem não sabe ele já passou em tantos concursos que já perdi as contas. Com essa idade já é gerente de uma das agências dos Correios. O meu amigo, com o perdão da palavra, é foda, é um dicionário ambulante! Obrigada nerd pelas dicas, pelo conhecimento que me proporcionaste. E olha quero desconto viu!

Sentirei saudade das mamães Kátia, Raquel e Fabiana, espero que seus filhinhos sejam sempre motivos de orgulho, que tragam mais luz e sabedoria para a vida de vocês.

Não posso esquecer dos papais. Marco Antônio, sempre muito dedicado. Kelison, o coruja. Ele realmente é um grande pai. Abro um parênteses aqui para lhe agradecer pelas trocas de conhecimentos. Ronald, que foi uma surpresa para todos. E ao futuro médico, Harisson, o Turista, quase não vinha para a universidade, porém sempre que vinha nos agraciava com seu conhecimento, principalmente nos seminários. Quero aqui Harisson lhe pedir desculpas pelo momento chato que tivemos.

Quanto aos seminários... O que dizer do Darlan? Seja em seminários, ou vídeos... Seus olhos estavam sempre fechados!

Eu falei que era uma rápida homenagem, e estou me prolongando assim como o Harisson...

Voltando ao assunto turismo, temos também Aline, que além de turista era uma pedra preciosa... E falando em pedra preciosa, a Raimunda Graciete. Amei conhecê-la. É dona de um talento incrível. Seus desfiles sempre eram muito bem comentados. Super calada e simples, voz doce... Tem como não amar?

Em falar em pessoa doce, quem não lembra da Gleyce Kelly? Suas colocações sempre bem postas, suas correlações sempre bem feitas. No entanto, detestava bagunça. Sua personalidade às vezes incomodava, principalmente a galera da Graviola, mas é inegável que a mesma nos engrandeceu muito.

Falando das pessoas que por alguns motivos desistiram ou trancaram o curso, cito aqui o queridíssimo Dennis, não é Dean! Sempre alegre e sorridente. Jamais será esquecido pela turma.

Temos também a Rayane. Essa era uma figura. Tínhamos uma relação de amor e ódio. Até porque morávamos juntas e temos personalidades opostas. Todo dia era uma briga. Tivemos muitos altos e baixo. No entanto, aprendi com ela algo muito importante, a nunca baixar a cabeça. E talvez por isso brigávamos.  Me ensinou a lavar roupa e cozinhar. Enfim, ela nos deixou quase no fim do curso, doida, muito doida. Mas enfim, ela teve seus motivos. Rayane, eu tenho tanto pra falar de ti e para ti, é tanta coisa, que não caberia aqui. Então o que importa é que valeu a pena. Afinal é sempre isso que importa no final.

Não tem como falar da Rayane e não falar da Pollyana. Sempre um conflito. Às vezes eu não conseguia ser paciente com as duas. A gente teve nossas diferenças, impossível não ter. Mas a Pollyana é uma pessoa extremamente interessante, tenho certeza que conseguirá alcançar todos seus objetivos. Além do quê, ela fez o Adailson chorar, pena que perdi essa cena. Olha quero que saibas que torço muito por você e pelo Rodrigo, vocês, assim como todos, terão um futuro brilhante, pois são muito merecedores.

Vivi e Railde, é indiscutível o tanto que vocês batalharam por esta festa. Acho que vocês merecem palmas pelo trabalho e por tudo o que ouviram, todos os desabafos e cochichos. E Vivi, cuidado com a inércia.

Não posso esquecer de lembrar e agradecer Danilo. Obrigada por tudo, por ter me aguentado e por ter me proporcionado tua amizade. Foi o primeiro da turma que eu conheci, ainda na palestra de recepção dos calouros. Acho que você já tá cansado de ouvir, mas pode contar comigo sempre.

Erick, meu amor, obrigada por me ensinar a dançar. Obrigada pelas barcas, por ser sempre tão companheiro e carinhoso. Sempre lembrarei do teu sorriso! Te adoro tanto.

E por fim, meus companheiros de equipe, Adailson, Charles, Vanessa e Graciele. Obrigada mesmo, de coração. Adailson, o pai de família, sempre muito ocupado, mas nunca nos deixou na mão. Charles, confesso que já me estressei muito contigo, às vezes você era muito lento, caramba! Mas sempre bem confiante no que dizia, apresentava um trabalho muito bem feito. Vanessa... Obrigada. Brigamos muito, mas de uns tempos pra cá paramos. Acho que crescemos, evoluímos. Hoje eu consigo te entender. Vou sentir muito tua falta. Vivemos muita coisa juntas. Lembro daquele reggae em Castanhal, do forró no Engarrafamento, de como todos na tua casa me recepcionaram bem. Você foi meu segundo contato aqui.

Graciele... acho que daria um capítulo de livro tudo o que tenho pra falar desta pessoa. A nanica, a mentira! Foi como uma mãe. Brigava quando tinha e quando não tinha razão, e eu sempre ouvia caladinha, morrendo de medo. Fazia eu estudar, me convidou para ser sua parceira de TCC. Muito fria sempre, pessoa de poucos abraços, mas sempre compreensiva e companheira. Alguém que admiro muito. Uma mulher de fibra, que já quebrou muito a cara. Só a vi chorar três vezes, e quando me abraçou pela primeira vez eu tive que sair pra chorar num cantinho sozinha de tão emocionada que fiquei. E eu quase não choro, nem gosto. Obrigada viu Mentira...

Obrigada amigos, sei que posso chamá-los assim, porque sei que se eu precisar de qualquer coisa, sei que poderei contar com vocês. Se esqueci de alguém, perdão. Mas quero que saibam que todos tem um lugar cativo neste lado do peito, neste lado esquerdo. Todos tem um lugar cativo neste músculo involuntário que pulsa.

Afinal, passamos por muitas coisas juntos, e a cada obstáculo saíamos mais forte. Mesmo na Tragédia, aqui com letra maiúscula, e todos sabem a quem estou me referindo. Aquele momento foi um divisor de águas. E conseguimos superar. Mostramos o propósito a que viemos.

Espero que um dia possamos nos encontrar, relembrar os momentos e viver outros. Fazer outros momentos inesquecível. E este, meus amigos, é apenas o início!