"Um dia vou sentar em frente a um computador, vou começar a escrever e escrever, cada vez mais. Vou catalogar todas as minhas idéias, até mesmo, aquelas, que nunca tive idéias como escrever. Vou descrever o mundo como eu o vejo e como acho que minhas histórias deveriam ser vistas." - Diego Mascarenhas Ramos (These Are Sunny Days!)

domingo, 25 de agosto de 2013

Fuga de mim




Eu não sei o que acontece comigo... Do riso se faz o pranto tão rapidamente... De repente eu nem sei quem sou... Às vezes tudo parece fantasia, como um filme, onde tudo termina bem, mas quando vejo, é real... Tudo foi apenas ilusão... Talvez eu quisesse ser alguém... Um alguém pra alguém... Sinto-me tão só, tão jogada no mundo... Acho que busco a utopia da vida humana... Busco a utopia de uma vida barata... Uma vida inexistente...

Parece que vivo uma vida que não é minha... Talvez eu esteja apenas de passagem... Eu espero algo melhor, mas me acovardo nos atos, acovardo-me na voz... Calo-me... Pouso na tranquilidade de uma vida sem objetivo... Acomodo-me nessa rotina indesejada.

Eu não sei na verdade quem sou... Será que sou realmente isto? Ou será que há uma evolução? Será que de verme passarei a ser algo menos repugnante?

Sou homem. Sou bicho. Sou estrela. Sou carne. Sou sangue.

Sou o sangue derramado de tantas feridas. Sim, realmente penso que sou aquele sangue, porque parece que sempre estou sangrando, se não é real, invento. É como se eu só existisse quando sangro. Quando choro. Quando morro aos poucos com o lixo que fiz de minha vida. Tão dependente. Tão tristonha. Tão miserável.

Quando pensei me encontrar me perdi. Perdi as palavras. Perdi o significado. Perdi minha essência. Não sei o que acontece comigo. Eu não sei quem eu sou. Mas sou. Mas vivo. E morro, para não morrer de uma vez. 

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